Sobre a Liberdade:

« Não me preocupa senão em fazer exactamente o contrário daquilo que eu não gosto no mundo. É certamente admirável o homem que se opõe a todas as espécies de opressões, porque sente que só assim se conseguirá realizar a sua vida»

Agostinho da Silva

Intemporal

... é tão bom quando chegas a casa... até gosto de te ouvir resmungar...

http://www.youtube.com/watch?v=stNGHiscETo&mode=related&search=

Fotos de Paula C



Com a esperança de um Natal Feliz !

« iludir a solidão

serei um guardador de sonhos
talvez, mas agora não
fico-me a chorar por dentro
aqueço-me nas palavras
iludindo a solidão
a inventar um corpo para a alma
alimento a persistência de viver
lá fora o mundo é uma confusão »


uma passagem ali no amigo das palhinhas

Hoje resolvi trazer rio acima o post dos amigos piolhenses

aqui fica então...

« Para saborear as coisas da minha terra,(re)descobrir e rir com as gentes e o mar azul/verdes mil a saber a coco, lamber o sol e outros sabores,gargalhar com as piadas/palavras/novas estórias.Para ver novamente o nosso "filme", que não é seguramente a preto e branco. Porque a mente dos homens e os sonhos que vieram de outras latitudes, para o bem ou para o mal, pintaram-no com as cores do arco-crioulo. E não me dou mal com isso. Ajuda-me a compreender melhor o MUNDO hoje.»

«banana frita com baunilha

Descasco 4 ou 5 bananas verdes (pode ser banana miúda ou banana-pão grande e não há problema se estiverem semimaduras) e corto em rodelas a gosto. Esmago alho, sal, malagueta e coentros. Envolvo tudo e frito em óleo bem quentinho. Escolho baunilha fresca de São Tomé e Príncipe, abro devagarinho as vagens e misturo com as bananas.

Sirvo com um sorriso e um beijo. Nunca se esqueça destes dois ingredientes. Ajudam a fazer a digestão.»

Deixou-me com água na boca...

« No dia em que o crítico de televisão disse que o Gato estava sem garra(s), o telefone tocou na RTP: era Pinto da Costa a cortar relações com a estação. Alberto João Jardim, também fez saber que não gostou daquele, chamemos-lhe assim, formato de entrevista. Num jornal da Madeira escreveu-se que "era uma vergonha" gozar com um alto dignitário do estado.O presidente do Governo Regional disse que não via "programas de baixo nível cultural"...Também houve uma reclamação de uma fã da Floribella. E a senhora do governo civil, que integrou o júri do concurso Totoloto, no dia em que a máquina das bolas enloqueceu( na rubrica a Arquinha dos Tesouros Deprimentes da RTP), meteu-lhes um processo. A Entidade Reguladora da Comunicação Social igualmente, por causa do sketch Velho no velhão.
É incrivel, lamentam, que isto possa acontecer.Dois séculos e meio passados sobre o sarcasmo negro de Jonathan Swift; um e meio sobre as Farpas de Eça e Ramalho; 30 anos sobre o non-sense dos Monty Python - que gozaram até à exaustão com a Igreja, a fleuma britânica e os contabilistas; 20 sobre o Tal Canal de Herman José; dez sobre o politicamente incorrecto de Steinfeld, seguido só nos EUA por 36 milhões..."Obviamente não estavamos a brincar com o aborto-nem vemos como se possa satirizar uma coisa dessas-, assim como não nos referíamos a Sá Carneiro.Estávamos a satirizar as linguagens- como sempre fazemos- , os discursos.O das campanhas pró e contra"... Há quem diga que a inteligência de um país se mede pelo humor que tem.E pela capacidade de se rir de si próprio, como fazem os anglo-saxónicos desde longa data... Explicar aos espectadores do século XXI que a ironia é dizer precisamente o contrário daquilo que se pretende, que existe dimensão do exagero, é tão absurdo como esclarecer uma anedota»
...
Visão, nº 719, 14 a 20 de Dezembro de 2006, pág.90

* o relevo a negrito foi dado aqui pela cachopa, que acha fundamental a existência de um bom humor para o equilíbrio de todos nós.E que tem a sorte de ter herdado quantidades apreciáveis de serotonina, com a graça de Deus e dos seus progenitores...

« Passa a vida no meio dos sábios e descobrirás que nada vale tanto como o silêncio »

Provérbio Judaico

Bom regresso a " casa" comadre....Espero que te aguentes até às próximas:-)

Não sei,(nem quero) por vezes entender, porque é que há situações que continuam a dar-me uma enorme vontade de rir :-)

...

Esta aqui ao lado,por exemplo, vestida de anjinho... :-)

Anos mais tarde eram as calcinhas com 50 cm de largura no fundo e os bonés com o Che a comandar a coisa...

Foi uma criança feliz. !E tinha consciência disso já na altura o que hoje ainda a surpreende...

quando apanhava as ervinhas com florzinha amarela, das quais continua a desconhecer o nome, à beira do caminho para a escola...e chupava o seu suco do qual guarda o sabor.. e achava que nessa planta estava a cura para o cancro, aquela doença que incomodava a senhora da televisão, que atrás da janela por onde corriam as gotas, deitava uma lágrima também...

quando levava todas as formigas que encontrava, para dentro de casa,e as colocava dentro de caixas de fósforo e alimentava com migalhinhas, para desespero da sua mãe que, cansada de maluquices, a ameaçava com palmadas se não tirasse as formigas todas da cozinha...

quando subia para a árvore mais alta do centro da vila e lá ficava empoleirada a olhar para baixo esperando que ninguém a descobrisse no jogo das escondidinhas...

quando chapinhava e se atirava aos pulos para dentro de todas as poças de água que encontrava, ou escorregava pelo morro de argila da escola até lá abaixo e as calças começarem a dar de si...

quando era obrigada, a usar vestidos à sevilhana nos casamentos e arreliada por não ir de calças, pedia "mãezinha se perguntarem se eu também sou filha, diz que não que sou a empregada"

quando se juntava aos rapazes da turma (as meninas eram sempre "bem comportadinhas demais"para esse tipo de coisas e tinham outras preferências...)e colocava o esqueleto da sala de ciências, sentado na cadeira da professora de fisica-quimica, com um cigarro na boca e um chapéu à fernando pessoa... ( nenhum dos implicados se "chibou" como diz agora a pequenada, que se chiba por tretas do género " professor o fulano diz que vc é um estúpido")

...

A nossa memória é fantástica e permite-nos seleccionar o que achamos mais importante...

por isso quando há tempo para isso, uns gostam de reviver pequenas alegrias, outros pequenas tristezas, outros apenas em pensar no quanto a vida tem situações fantásticas,outros naquilo que os fez sofrer... enfim andamos todos por aí de vez em quando...

Esta é para ti Amigo, a coisa rondava os anos de 79/80 por aí...

Consegues reconhecer o "Trio" ? A música era " Ai quem me dera ter outra vez 15 anos" :-)

Sem "saudosismos" entenda-se. Ou não...

O que sentimos está cá dentro e não pode nem deve ser associado a conceitos...

Cada vez mais muitos vivem assim...

« Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua rosa tão importante»

Saint- Exupéry


Gostei Rui. Verdadeiramente!

... pequenas gotas de que se gosta menos...e outras de que se gosta mais...

«Neste deambular se faz tarde, o viajante deita contas se há-de ir ...e embora sobre o Mondego estejam desabando cordas de água, aí vai. Lá para baixo é o Choupal, aonde não irá: sente-se anfíbio, mas ainda tem certa dificuldade em se servir das guelras.»

Saramago,José, Viagem a Portugal,Caminho,9ª ed.,1994

Um Homem, muito à frente do seu tempo,dizia :


« O favor com que mais se acende o engenho
Não nos dá a Pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Duma austera, apagada e vil tristeza »

E porque é quase fim de semana, aqui fica uma sugestão para os apreciadores.

Para os que não gostam, há sempre a comidinha da mãe que é bem boa :-)

Hoje apetece-me abraçar também desta forma,uma amiga especial, que não tendo uma vida fácil, mesmo assim consegue tempo, para dar algum carinho e dedicação a quem precisa.

Nem sempre conseguimos dar aos outros, mais do que a vida nos deu a nós, mas tu consegues Elsa, mesmo quando afirmas que "morres aos poucos para causas sem valor".

Não deixes que a esperança te abandone, boa amiga. A vida para ter algum sentido tem que recompensar os seres admiráveis como tu.

Neste ou noutro mundo qualquer... !

O sol e a peneira

alguns "generais" ...« de modo algum ignoram, que uma das principais chaves do êxito continua a ser, na prática, que a mão esquerda não saiba o que faz a mão direita»(Jorge Messias in Vértice,1997)

de vez em quando frases assim vem-nos à memória