Agir
super ego
quarta-feira, novembro 29, 2006
Mas factos, são factos!
É bom recordar





Há dez anos era assim...
Mas fazer filhós sem farinha torna-se complicado.Os ovos também dão jeito e já agora o recipiente apropriado...
terça-feira, novembro 28, 2006
queremos coisas, tipo fixes
...e mais dias...
segunda-feira, novembro 27, 2006
...dias...
E porque chove, é segunda feira e não só, apetece-me dizer ".. é fazendo muita merda que se aduba a vida..."
é uma tolice como outra qualquer que se pode ouvir num dia de mercado semanal
esperemos por dias e pensamentos mais apetecíveis!
sexta-feira, novembro 24, 2006
"Felicidade Eterna"

Antigamente todos os contos para crianças terminavam com a mesma frase, e foram felizes para sempre, isto depois de o Príncipe casar com a Princesa e de terem muitos filhos.Na vida,é claro,nenhum enredo remata assim.As Princesas casam com os guarda-costas, casam com os trapezistas, a vida continua, e os dois são infelizes até se separarem.Anos mais tarde, como todos nós, morrem.Só somos felizes, verdadeiramente felizes, quando é para sempre,mas só as crianças habitam esse tempo no qual todas as coisas duram para sempre.
Jose Eduardo Agualusa, in "O Vendedor de Passados"
quinta-feira, novembro 23, 2006
Sobre a motivação.
« Pode-se porque se crê poder»
Virgilo
C'um catano...vai buscar!
Ora bem, isto a gente habitua-se a gatafunhar umas tretas,depois apanha-lhe o gosto. Assim como assim e não me ocorrendo nada à presente data que interesse tenha para v.excelências (malvado feitio)venho por este meio gentilmente dizer, que as questões menores não tem importância nenhuma.
Isto porque ao passar os olhos por meia dúzias de noticias e por meia dúzia de blogues vêem-se verdadeiros personagens mestres do picanço.Desenganem-se aqueles que acham que é só nas estradas que isto se passa.Nada disso, nesta auto-estrada virtual há implicâncias e provocações, que fazem inveja a qualquer apreciador de tunning..
Só visto!
E não sendo a coisa levada para o campo da patologia ( ou será?) digamos apenas que tudo não passa de uma questão de mentalidade(zinhas)...
Por isso (para acabar de vez com a ...) nada como actos superiores e sublimes como este
Um resto de santo dia para todos.
quarta-feira, novembro 22, 2006
Ruca
segunda-feira, novembro 20, 2006
Vou ali e já venho
sexta-feira, novembro 17, 2006
Porque não?
Quando a coisa é mesmo assim
Livre de qualquer pretensão
Porque não entrar na onda?
E aceitar a sugestão
Mania Um
voltar para trás para verificar se desliguei o fogão, mesmo tendo a certeza (quase ) absoluta de que o fiz (mau presságio dizem os entendidos na questão)
Mania Dois
deixar o carro estacionado sempre no mesmo local o que só é grave quando por motivos óbvios não podemos e só damos por ela quando lá chegamos ( andas sempre no mundo da lua , mulher)
Mania Três
ler os blogues que gosto como se de um café e respectivo cigarro se tratasse ( para quem gosta, mas eu juro que um dia isto passa, ou talvez não...) esta é recente LOL
Mania Quatro
chupar a erva doce que existia em tempos no carreiro que dava para o meu rio favorito, que entretanto foi substituído por alcatrão ( como é de prever a erva doce não resistiu e a mania acabou )
Mania Cinco
E porque tudo tem que ter um fim e não podemos dizer tudo tenho a mania de ser teimosinha graças a Deus e gostar de gente que se recusa a usar máscaras e não gostar do que não gosto porque é um direito que me assiste, tenho dito e ponto final.
quinta-feira, novembro 16, 2006
Felizmente
«Não morras agora que estão a olhar para nós
Antero.Antero.Antero. Não me adormeças aqui na esplanada Antero, não feches os olhos, não escorregues na cadeira, olha os barquinhos no tejo, olha as gaivotas, sempre gostaste tanto das gaivotas Antero, bebe a cerveja antes que fique morna, endireita-te, não faças essa cara, se não querias vir passear a Algés porque é que não me disseste esta manhã, porque é que não te voltaste para mim
- este domingo não me apetece ir a Algés
e pronto, ficávamos em casa a ver crescer a planta da sala como todos os dias desde que nos reformámos, nunca discuto contigo pois não,nunca protesto, compraste aquele sofá horrível e eu calada, tiraste o retrato da minha irmã da cómoda e eu muda,não percebo o que tinhas contra a minha irmã, cada vez que ela nos visitava começavas a apertar a boca, a soprar, a mudar as coisas de sítio, não inclines a cabeça para a frente que entornas a cerveja, não empurres com o cotovelo o prato dos tremoços, não brinques comigo Antero, andas sempre sério, não te oiço uma gargalhada há séculos, não é agora diante desta gente toda que te vais pôr a torcer como um palhaço, tem algum jeito Antero, limpa o fio de cuspo que tens no queixo, não descoles a placa, não me obrigues a meter-ta para dentro da boca à força, uns dentes todos certinhos, todos brancos, quando os tiras à noite para os lavares ficas mais baixo, quandos os encaixas nas gengivas até dá gosto ver-te, lembra-me um rei de coroa e tudo, cuidado com a placa que custou um dinheirão Antero, não te dobres tanto para a senhora da mesa ao lado que o marido repara, tantas gaivotas e tu desinteressado Antero, tantos barcos, o combóio de Lisboa a apitar e tudo, a outra banda, um dia lindo, se não fosse a criança aos gritos no carrinho de bebé era uma paz na esplanada Antero, se é por causa da criança que ficaste assim mudamos já de mesa, agarramos na cerveja, nos tremoços, no sumo, no pastel de nata e vamos lá para trás Antero, não fiques pálido, não dês esses soluços, não estremeças, fala comigo, eu guardo-te a placa na carteira, pronto, mas fala comigo Antero, não me importo de te ver sem placa se falares comigo, olha as pessoas a repararem em nós, olha aquela senhora a acotovelar o marido e a apontar-me com a torrada Antero, nunca gostaste de dar nas vistas. Antero, o que se passa, se eu punha um decote, mandavas-me vestir o casaco de malha
quarta-feira, novembro 15, 2006
Blogomanias
terça-feira, novembro 14, 2006
Há dias que...
Estamos indecisos.
A coisa tanto está para a Lei de Gresham
( fogo 423 páginas a fazer queixinhas é obra, epá como eu costumo dizer quem não quer ser lobo não lhe veste a pele, sim porque isto de percepções e realidades é como tudo o resto muito subjectivo)
como para algo mais tranquilo e outonal tipo
( as notícias são como as folhas do outono, o vento que as leva as maltrata) acho que foi um tipo chamado Christian Bobin que disse
talvez por isso vou esperar pelo dia 30, preparar os lenços de papel para as ranholas (é da gripe é da gripe) e ir ver o
http://www.youtube.com/watch?v=9XFBbJ7LTMI
segunda-feira, novembro 13, 2006
Talvez um bagacito antes digo eu...
_ _
T- TR= tY+T-TR
S= Yd -C= Yd -(C+cYd)=(1-c)Yd-C=(1-c)(Y-T+TR)=(1-c)(Y-T-tY+TR)-C
=(1-c)(1-t)Y+(1-c)(TR-T)-C
IM =IM- a2R+mY
Então S+(T-TR) +IM 0|1-c(1-t)+m|Y+Im+c(T-TR)-a2R
Uiiiiiiiiiiiiiindo
sexta-feira, novembro 10, 2006
A Bancadiscriminada...
Também (mas não só) pelo que a seguir transcrevo, hoje vou passar o dia a pensar, sei lá, em .... borboletas. Parece-me um tema interessante.
" Os bancos pagam uma taxa efectiva de IRC de 18%, enquanto o sector têxtil, por exemplo, paga 22%, e o pequeno merceeiro de esquina, que não pode reportar prejuízos, não tem mais-valias mobiliárias para isentar, nem "beneficios fiscais" e muito menos como fazer "planeamento fiscal", paga 25%. Por isso... os bancos têm lucros milionários que escapam alegremente ao esforço "nacional" pedido aos outros( aos trabalhadores, aos reformados, aos deficientes, aos doentes). Mas, para a Banca, pagar o mesmo (ou nem isso) que as demais empresas é "discriminatório" e Sócrates é "peronista" e está a dar "satisfações à opinião pública".Porque , como se sabe, um primeiro-ministro não tem que dar satisfações aos eleitores, tem que dá-las aos bancos"
JN,10 de Novembro de 2006
quarta-feira, novembro 08, 2006
Para ti
De vez em quando também é preciso
Não gosto de políticos de uma maneira em geral.
Mas hoje não resisto e vou falar de um deles.Ou melhor dois.
Sócrates e Jardim.
E só me apetece pensar o seguinte: efectivamente, a maneira mais eficaz e inteligente de lidar com um cromo, é não lhe dar muita importância e não responder a provocações de baixo nivel!
terça-feira, novembro 07, 2006
Há coisas que me fazem uma confusão dos diabos e que se calhar mereciam outro título digo eu mas o que eu digo não vale nada
Factos concretos I parte :
um assaltante invade um estabelecimento durante a noite, é corrido a tiro pelo dono do mesmo, escapa, é apanhado horas mais tarde, passa o dia na GNR em averiguações, relatórios, interrogatórios a torto e a direito,pausa para almoço, mais interrogatórios,à noite é levado à sua residência, e aguarda julgamento em liberdade.
ponto final
podia ser mas sabemos que daqui até ao final do processo muito se vai passar ainda, com audiências marcadas, com ausências propositadas, com papéis e mais papéis,num sem nunca acabar de burocracias. Com um bocado de sorte o tipo até encontra um juíz bem disposto e a coisa fica por ali, uma repreensão e o tipo até alega uma desculpa da treta qualquer e aqui sim
ponto final
Factos concretos II parte :
um individuo vai para o seu trabalho,é mandado parar pela BT, e verifica que lhe falta um papel da inspecção periódica.Alega que o carro ainda não tem 2 anos e segundo pensa a inspecção só é necessária ao final de dois anos.Faz confusão nas contas, a vida tem destas coisas, o policia não perdoa, e saca-lhe NA HORA € 250 sem direito a reclamações.Não se fazendo acompanhar nem por dinheiro suficiente, nem por cartões ou cheques, o policia dá-lhe 1 hora para arranjar o dinheiro, findo o qual a multa pode ir até 1.250 €. O homem perde uma manhã de trabalho pois tem que ir arranjar o dinheiro e ir pagar dentro do prazo estipulado. E pagou.
ponto final
... há aqui qualquer "coisa" que me escapa na lei do meu país...
Das duas uma!
Tinha caído no conto do vigário.
Ficado sem carro, sem dinheiro.No mundo cão não podemos confiar na palavra das pessoas, dizia-lhe ela.
E agora?Pagar com o parco salário um bem e nem sequer usufruir do mesmo.A mais nova desesperava...
A outra pensava, está na hora de montar de novo o cavalo e partir!
Dizia-lhe o amigo bem colocado, nada a fazer, apresentar queixa, esperar que a (in) justiça dos tribunais se fizesse ouvir.
Ou então,pensou ela, resolver a coisa de outra maneira.Foi o que fez!
Agarrou o bicho pelos cornos e com a coragem necessária meteu-lhe um dente de alho no cú. Assim mesmo sem palavras bonitas.
"Sei onde estás e o que fazes.Estiveste na gaiola até 92 e a tua ficha é longa.Quem foge também se agarra e tens 2 tipos atrás de ti que vão ter um prazer dos grandes em te dar meia dúzia de pontapés bem dados nesse traseiro até aprenderes que não se brinca com a ingenuidade e honestidade dos outros.E mais, se até ao final da tarde não entregares o carro à miúda vais passar a noite na pildra.Estão ansiosos para que lá chegues."
Passado alguns minutos o gajo ligou:Eu levo-lhe o carro!
Claro que a outra não acreditou mas como no caso nada tinha a perder, rematou:
" nem penses em falhar pá, este telemóvel está sobre escuta, eles sabem exactamente como te por a mão em cima e garanto-te desta vez vais estar mais tempo na gaiola do que na última vez"
Eram 18,45h em frente à estação velha, o tipo apareceu, entregou o carro e documentos.Em casa dela uma vela acesa pedia ajuda a quem tudo pode...
E desta vez não foi preciso juntar mais um papel aos milhares que aguardam solução por essas repartições fora...
segunda-feira, novembro 06, 2006
"Sinais interiores de riqueza"
« Quando em 25 de Dezembro de 1863 Victor Hugo escreveu num dos seus cadernos Sou um homem que pensa noutra coisa
referia-se, é claro, a mim. Quando almoço com alguém, por exemplo, deixo um sorriso sentado no lugar e escapo-me em bico dos pés para outra mesa do restaurante, a desenhar comboios e navios na toalha de papel na esperança de partir,numa locomotiva ou num paquete de tinta, para longe de um mundo de saleiros,garrafas de branco e cabeças de pescada.Em pequeno, na época em que me tentavam ensinar o catecismo tinha de Deus a ideia de um vertebrado gasoso era eu.
O resultado disto é que observo os objectos do quotidiano com a estranheza do homem das cavernas: nunca fui capaz de mexer num vídeo, todas as manhãs me corto com a gilete, preencher um cheque é quase tão difícil como resolver um problema de torneiras do género Se um tanque tem 3 metros de lado,quanto tempo uma torneira que debita 7 decilitros por minuto, etc.Desesperei os instrutores na tropa a virar-me para eles de espingarda carregada a perguntar
- Como ?
numa incompreensão sincera e a surpreender-me de os ver atirarem-se para o chão berrando
- Desvia essa merda
numa angústia de que ainda hoje não compreendo o motivo.
Talvez tenha herdado isto de um tio remoto que num velório, espantado com a tristeza do viúvo, o consolou com uma palmadinha no ombro
- Não pense mais na morte da bezerra
Sou um homem que pensa noutra coisa, que tenta abrir a fechadura da porta com o cigarro e que fuma um molho de chaves por dia : se adoecer de cancro do pulmão será um canalizador a operar-me. As palavras grandiosas como Trabalho, Família, Dinheiro, atravessam-me sem me tocarem. Dá ideia que não sei viver com os que amo ou que rejeito o seu afecto: não é verdade.O que acontece é que às vezes enquanto me acariciam estou a observar as cegonhas na mata do sótão da tia Madalena, ou na esplanada da Praia das Maças, ao lado do meu avô, a comer um sorvete de morango. E gosto das pessoas modestas porque os sinais interiores de riqueza me comovem.
A propósito de sinais interiores de riqueza a semana passada, na consulta do Hospital Miguel Bombarda, vi uma mulher nova, de quarenta anos: nasceu-lhe um caroço no peito e o médico não a quis operar porque a doença já lhe atingira os ossos. Quimioterapia. Uma mulher bonita, inteligente. Disse-me
- Ainda gostava de viver mais algum tempo
e vai morrer daqui a nada.Depois sorriu e perguntou
- Vou ficar melhor não acha?
ela sabia que não e sabia que eu sabia que não
- Claro que melhora
disse eu
- Está linda sabe?
- Toda a gente me diz isso agora.Faço quarenta e um no mês que vem.
Trazia o vestido dos domingos, colar,anéis,um risco azul nas pálpebras. A enfermeira abriu a porta, espreitou, viu que eu não estava sozinho, desapareceu.E o sorriso
- Se calhar ainda nos voltamos a ver
e eu a apertar-lhe a mão
- Se calhar.
Ao sair até a maneira de andar era elegante.E então pensei:ainda bem que sou um homem que pensa noutra coisa.Se não fosse um homem que pensa noutra coisa ia ter vontade de chorar.
De forma que no momento em que o doente seguinte entrou já me esquecera dela.Já me esquecera dela. Já me esquecera dela.
Graças a Deus já me esquecera dela. »
ANTUNES,António Lobo, Livro de Crónicas, Lisboa,Dom Quixote,5º edição,2002
sexta-feira, novembro 03, 2006
O que dizem os famosos
«Não há factos, apenas interpretações»
F. Nietzsche
E pergunto eu que que tenho algumas dúvidas: será?!
...Ecos
E dizia eu hoje para a minha amiga enquanto tomávamos café:
-Vou deixar isto hoje no blogue.
" Portugal precisa de um psiquiatra- quem sabe, um daqueles que, daqui a cem anos, os nossos netos vão eleger como o melhor português de sempre, num programa de televisão"
Pedro Rolo Duarte, Diário de Notícias
Desatámos as duas a rir.Não era só pela frase, mas porque tinhamos estado a falar de algumas situações caricatas. E ela, bióloga de profissão dizia-me:
-Não acho graça nenhuma aos intelectuais.Nas aulas de português quando a professora me mandava analisar um poema e perguntava o que o autor queria dizer, eu detestava.
Quero lá saber o que é que o homem queria dizer, é lá com ele...
Tinha sempre a sensação de que nem ele próprio sabia, quanto mais eu.
E rimos a bom rir porque anda por aí muito "poeta"